Em Sergipe, as correntes sindicais ligadas a CTB elegeram, pela primeira vez na história da Fetag estadual, uma mulher para a presidência da entidade. Maria Lúcia Santos Moura, que já era diretora de mulheres da federação, foi eleita pela chapa 2 com 57% (219 votos) do total de votos válidos.
Já a chapa 1, constituída majoritariamente por membros da Articlução Sindical (ArtiSind) - corrente que dirige a CUT, obteve 42% (163 votos). O Congresso que elegeu a nova diretoria do sindicato credenciou 389 delegados, contando com 382 votos válidos.
Mária Lúcia registrou que o avanço nas conquistas de espaços políticos pelas mulheres nos últimos anos foi um dos responsáveis pela sua eleição histórica. "As mulheres estão aparecendo a cada dia mais em novos espaços tardicionalmente masculinos da política. Essa inversão da invisibilidade, de que ainda somos vítimas, é um trabalho de muito tempo e vem mostrando resultados", afirmou ao Vermelho.
Sobre os motivos que levaram à vitória de sua chapa, a liderança - que também é membro da CSC - explica que "em quatro anos foi construída uma política na federação que não favorecia o trabalhor rural, o que fizemos foi questionar essa política - onde as decisões não levavam em consideração as opiniões da base - apresentando propostas democráticas e a luta pela unidade. Acredito que isso deu confiança aos trabalhadores na nossa chapa."
Sobre os desafios, Maria Lúcia diz que são muitos. "Nosso principal desafio é conseguir terra e crédito para os trabalhadores e trabalhadoreas rurais. Precisamos também consolidar boas políticas públicas já implementadas no campo e apresentar novas propostas que cheguem atés os governos. Hoje as coisas estão acontecendo muito mais na cidade e precisamos fazer com que o campo seja ouvido e atendido. Enfim, são muitos os desafios", suspira.
O Congresso da Fetag iniciou nesta terça (15) e terminou nesta sexta (18). O governador do Estado, Marcelo Déda (PT), o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB), o Ministério do Desenvolvimento Agrário, entre outros inúmeros prefeitos, vereadores e parlamentares deram o tom da importância e representatividade que a Fetag-SE tem hoje no cenário nacional. Com a vitória de Sergipe, a CSC, que já é maioria em outras fetag's estaduais, saíu reforçada para as dipsutas da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), dirigida majoritariamente pelos petistas da ArtiSind e também filiada à CUT.
- Federação dos Trabalhadores na Agricultura de SE
Eleições congressuais
Chapa 1 (ArtiSind) - 163 votos
Chapa 2 (CSC) - 219 votos
Total de votantes 382 de 389 delegados
FONTE: www.vermelho.org.br
sábado, 19 de janeiro de 2008
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