Nesta quinta-feira, dia 06, será ponto facultativo no Estado, em função da data da Revolução de 1817. Conheça mais sobre este fato histórico, com o primeiro capítulo da monografia de pós-gradução em História, do professor William Menezes.
A REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1817 EM PERNAMBUCO E SEUS ATORES SOCIAIS.
A revolução em Pernambuco de 1817 foi empreendida por setores abastados da sociedade, o importante é analisar estes que coadunavam com esta empreitada. Setores que seriam o clero, difusor das idéias e de discussões dentro dos seminários, para a preparação do movimento; os comerciantes ávidos por certa liberdade comercial, sem a intervenção estatal portuguesa; os militares, força importante para o confronto contra as tropas lusas; a maçonaria, este setor teria influência interna e externa, na propagação dos ideais, sendo subdivididos entre conservadores e liberais radicais inspirados nos pensadores iluministas fundadores teóricos da república moderna e por último os latifundiários, atores financiadores da luta, estes estariam interessados pelo caminho da ruptura, pois os ganhos estavam ligados a terra.
“Este momento teve grande importância porque representou a primeira rebelião que alcançou o poder contra o domínio português e contra o sistema monárquico de governo” (LEITE, 1988, p.07), cabe analisar quais os motivos, iniciais que levaram tal tentativa de ruptura.
Um desses motivos iniciais foi o endurecimento das relações comerciais entre os comerciantes portugueses e os latifundiários locais, do setor açucareiro; contestando a prática do monopólio nesta relação, desfavorecendo os latifundiários, deixando nas mãos dos metropolitanos.
Assim teríamos um descontentamento de uma importante região e centro comercial, pois o Estado de Pernambuco era pólo agro-exportador de açúcar e Recife uma cidade portuária importante para Coroa. Desta forma os comerciantes portugueses controlavam o comércio local, em especial os produtos de gêneros de necessidade que eram passados a preços elevados, caracterizando uma vantagem para os portugueses radicados no Brasil, levando a um culto de xenofobia ódio do latifundiário, como também do povo, aos portugueses. Mostrando uma insatisfação com a situação, que era submetida à colônia aos caprichos da metrópole.
O outro ponto é a questão sócio-econômica, relativa “a queda do preço internacional do açúcar e do algodão com alta do preço dos escravos” (FAUSTO, 1995, p. 128), levando a uma situação de crise porque aumentava o endividamento dos produtores de açúcar, a situação dos homens livres era de penúria, refletia o momento que estava passando a colônia.
A perspectiva seria empreendida pela ruptura dos laços de dependência da metrópole, sendo característico o ódio aos portugueses, vistos como parasitas que sugavam a riqueza de uma elite dependente. Assim,
“em 6 de março de 1817, os liberais revolucionários recifenses tomavam de assalto os quartéis, matando ou aprisionando os oficiais portugueses e proclamando uma república que duraria quase três meses, legislando e administrando sob bandeira e constituições próprias. Era outro passo na marcha brasileira para independência política e já com propostas sociais radicais. (CHACON, 1983, p. 47)”.
Para ler o artigo completo , acesse: http://www.sintepe.org.br/exibe_materia.php?codigo=49&tipo=setor
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